No dicionário corporativo, erro é sinônimo de prejuízo. Nas indústrias, em especial, o cenário é ainda mais crítico: qualquer desvio na operação pode impactar negativamente na produção e prejudicar a saúde do fluxo de caixa.
Na prática, assim como acontece com as engrenagens de uma máquina, os erros nas atividades industriais geram uma inequívoca (e indesejável) reação em cadeia.
A boa notícia é que você, gestor da indústria, pode reverter esse quadro. Mais do que alinhar processos para aperfeiçoar as entregas do PCP, você deve reavaliar suas estratégias e repensar seus investimentos.
Afinal, o setor industrial é repleto de desafios, mas, por outro lado, cada um deles representa uma oportunidade de fazer mais e melhor.
Neste post, você entenderá um pouco mais sobre o panorama da indústria brasileira e, em seguida, saberá como reduzir a incidência de erros comuns no chão de fábrica.
Ao finalizar a leitura, você certamente se sentirá mais preparado para ajustar a rotina das atividades industriais, programar inovações e alavancar os resultados do negócio.
Boa leitura e bons insights!
O panorama da indústria brasileira
As atividades industriais têm um papel fundamental no desenvolvimento do país. O segmento é responsável por gerar R$1,3 trilhão e representa 22% do PIB brasileiro. Só no estado de São Paulo, por exemplo, são mais de 300 mil indústrias em funcionamento.
A expressividade dos números é equivalente aos desafios do setor. As mudanças no comportamento de consumo e a robustez das inovações tecnológicas demandam adaptação rápida e eficiente, a fim de manter a competitividade do negócio.
O conceito de indústria 4.0 sintetiza boa parte dessas preocupações. O termo descreve a otimização e a automatização das organizações por meio da tecnologia, agregando mais segurança, agilidade e transparência às linhas de produção.
Segundo a Fiesp, 90% dos gestores concordam que a indústria 4.0 aumentará a produtividade, mas apenas 5% deles se sente preparado para enfrentar a mudança de frente.
Os erros operacionais, geralmente decorrentes de processos descentralizados e minimamente monitorados, são um grande empecilho e talvez um dos maiores vilões à evolução industrial.
Erros nas atividades industriais: como minimizá-los de uma vez por todas
Por definição, a palavra “erro” está associada a uma ação inadequada e ao desvio de uma regra previamente estabelecida. Ainda que um dos principais objetivos dos líderes industriais seja mitigar os equívocos na linha produtiva, é comum encontrar empresas que, por conta de graves inconsistências operacionais, acabam acumulando prejuízos consideráveis.
A boa notícia é que, com uma dose extra de foco e proatividade, é possível identificar os gargalos das atividades industriais e agir com rapidez para solucioná-los.
Esse tipo de postura blinda o PCP (Plano de Controle de Produção) e dá fôlego ao fluxo de caixa, permitindo que a empresa se desenvolva com saúde e escalabilidade.
Conheça, agora, estratégias primordiais para eliminar de uma vez por todas os erros mais recorrentes nas atividades industriais.
1. Padronize (e atualize) os fluxos de trabalho
Tanto no layout da fábrica quanto nas diretrizes de operação, a padronização dos fluxos de trabalho desempenha papel essencial.
Lembre-se: não basta estruturar a planta e criar um procedimento mais enxuto se, no dia a dia, os documentos que balizam tais estratégias ficam guardados na gaveta (ou esquecidos no sistema).
Pense, por exemplo, na dinâmica de uma indústria de cosméticos. A sequência de fabricação exige a mistura correta das matérias-primas e, em seguida, requer o envase ágil das substâncias.
De modo geral, existe uma sequência que precisa ser obedecida se o intuito é maximizar a performance da operação e a qualidade dos produtos acabados.
Por outro lado, uma boa maneira de acelerar os processos é garantir que não haja dúvidas no passo a passo.
Quando os operadores seguem manuais claros, concisos e eficientes, detalhando cada parte do preparo, é mais difícil incorrer em erros causados por dúvidas pontuais.
Neste caso, a padronização é indispensável e, ao fim do ciclo, também garante a integridade da produção.
É importante ressaltar, no entanto, que os padrões não podem (e nem devem) ser encarados como algo engessado e imutável.
É possível que o surgimento de novas tecnologias, por exemplo, torne as rotinas mais eficazes, estimulando retornos cada vez mais expressivos.
2. Controle o estoque com eficiência
As atividades industriais exigem grande disponibilidade de insumos. O segmento automotivo é uma boa referência: cada veículo demanda uma quantidade significativa de peças que, por sua vez, devem estar totalmente disponíveis para suprir o cronograma da produção.
Caso a falta de algum componente essencial não seja previamente notada, o cenário mais crítico implica atrasos no PCP. Sempre que um planejamento deixa de ser cumprido, quem sente é o cliente: é provável que os prazos previamente negociados não possam ser cumpridos.
Da mesma forma, ainda no que diz respeito ao estoque, os automóveis já finalizados precisam ser armazenados em um local específico, respeitando rigorosos critérios de segurança.
O ideal é que o escoamento da mercadoria obedeça a regras de otimização de estoque, tais como FEFO (First Expire, First Out) e FIFO (First In, First Out), a depender do tipo de produto e da estratégia de vendas.
A emissão de relatórios periódicos, por fim, também ajuda a manter a operação nos eixos. O controle de inventário, por exemplo, fornece insights valiosos sob dois aspectos importantes: do ponto de vista comercial, proporciona uma visão ampla dos itens retidos na empresa, facilitando as transações de venda.
Sob a ótica da gestão, torna o processo de compras mais enxuto e assertivo, protegendo o fluxo de caixa.
3. Roteirize a manutenção preventiva das máquinas
Os equipamentos fabris são o coração das atividades industriais e, aproveitando a metáfora, exigem cuidados como qualquer outro órgão do corpo humano. Neste contexto, o check-up de exames é o equivalente à manutenção preventiva das máquinas.
Para que a linha de produção continue funcionando a todo vapor, é importante assegurar que os componentes individuais trabalhem em máximo desempenho.
Quando uma das engrenagens deixa de responder, toda a cadeia produtiva é penalizada e, em última escala, até mesmo faturamento do negócio pode ser impactado.
Para evitar danos materiais e financeiros, cabe ficar atento às rotinas de manutenção preventiva da planta, detalhando quais cuidados devem ser tomados em cada unidade produtiva.
Máquinas que contenham correias, por exemplo, demandam reposição contínua de lubrificantes, enquanto equipamentos digitais podem precisar de atualizações esporádicas no software.
Em ambas as circunstâncias, vale antever problemas a fim de evitá-los por completo.
A dica é simples, mas primordial: certifique-se de entender as necessidades do seu PCP e, assim, viabilizar respostas eficazes na prevenção de erros nas atividades industriais.
Uma atitude puramente reativa não vai alavancar o desenvolvimento da sua fábrica e, de quebra, certamente vai fragilizar suas margens.
Guest Post produzido por Areco Sistemas Empresariais.
