A indústria está sendo transformada de modo irreversível pela Internet das Coisas. Daí surge um novo termo para a IoT; IIoT ou Internet das Coisas Industrial.
Para esclarecer rapidamente o que é a Internet das Coisas, imagine qualquer aparelho ou acessório que está conectado à internet. Um alto-falante com assistente de voz, um vaso de planta que avisa, via bluetooth, quando é necessário regar novamente, e até um smartphone pertence ao universo IoT. Desde 2017 que já existem mais objetos do dia a dia conectados à internet do que habitantes no planeta.
IIoT
São as máquinas que estão conectadas à rede. Desde pequenos dispositivos até robôs estão incluídos na Internet das Coisas Industrial. Imagine o impacto que este novo conceito tem sobre a produtividade de uma empresa.
A IIoT já pertence à Indústria 4.0 e é um novo desafio a ser implementado pela gestão industrial.
No Varejo – Lojas que já sabem o gosto de cliente e que, baseadas nisto, podem exibir produtos adequados ao gosto de quem entra na loja; numa vitrine digital. Um espelho que mostre como roupas e acessórios ficam sem que a pessoa precise se vestir para provar.
Na Produção industrial – Trará muito mais eficácia do que o JIT e Kanban combinados. As máquinas estarão integradas à planilha de vendas, produzindo exatamente a quantidade necessária e prevenindo erros, assim como realizando manutenções automáticas.
Na medicina e funcionários – Monitorando constantemente a saúde das pessoas. No caso dos empregados de uma fábrica, a IIoT pode saber quando um funcionário precisa de descanso, recomendar férias, e sugerir que o funcionário fique em casa quando a doença for contagiosa.
Desvantagens da IIoT
Duas coisas podem ser consideradas negativas com a ascensão da Internet das Coisas Industrial: a segurança online e a diminuição dos postos de trabalho.
Em relação aos postos de trabalho, ao passo que algumas funções numa indústria desaparecem, outras novas e mais especializadas surgem; até porque a máquina deve continuar sempre dependente do ser humano. É esperado que continue assim para que seja mantido o controle dos processos.
Sobre a segurança online, há algumas medidas que podem ajudar a prevenir um ataque cibernético. A primeira medida é não deixar nenhum objeto conectado à internet aberta. Uma VPN basta para solucionar este problema. Se um dispositivo estiver conectado sem criptogração à rede e um hacker acessá-lo, então o invasor terá a chance de acessar todos os dispositivos da rede.
Outra medida que ajudará na proteção será construir senhas robustas e que alterem a cada hora através de tokens. Apesar de já existir, poucas fábricas utilizam o token para equipamentos conectados à internet das coisas.
A segurança física dos servidores deve ser outra prioridade a se ter em conta. Afinal, os servidores passaram a ser o cérebro e coração de uma fábrica.
Mais vantagens
Esse conceito que é implementado nas fábricas só faz potencializar as vantagens que a tecnologia aliada à indústria traz. A eficiência na produção aumenta e passa a ser possível medir coisas em tempo real, coisas que antes não eram passíveis de ser medidas. Todo o processo passa a ser melhor calculado, evitando paradas com a análise preditiva.
Alguns dispositivos vão poder identificar as necessidades futuras e corrigi-las antes mesmo que um erro aconteça e comprometa a produção e os prazos. Com o histórico armazenado será possível tomar decisões mais corretas.
A precisão toma conta do processo e os erros passam a ser únicos sem se repetirem. Para a qualidade de vida dos funcionários a IIoT será um bem fundamental, mas todos os trabalhadores da empresa precisarão passar por uma especialização, a fim de compreender cada etapa do processo industrial e tecnológico.