Mobile First: a importância da aplicabilidade

Mobile First é a nova estratégia dos desenvolvedores para criar sites mais intuitivos e amigáveis. Qual é, então, a importância de sua aplicação?
Lucas
21/02/2022 | 6 min
Programação Mobile First

O conceito de Mobile first diz respeito ao desenvolvimento de sites e aplicativos focados na versão mobile, ou seja, priorizando a estrutura e funcionalidades para serem utilizados em um celular.

Mas antes de falar sobre Mobile First, voltemos para uma época longínqua conhecida como “o início dos anos 2000”.

No princípio era o caos. Páginas cheias de gifs coloridos, sites compostos somente por texto e hiperlink, imagens que demoram uma tarde inteira para carregar e muitos outros horrores.

Conforme as pessoas foram entendendo como distribuir os elementos de uma página web e com o aumento da velocidade de internet, os sites passaram, então, a ter uma interface mais amigável e eficiente.

A mudança mais recente no consumo de internet se deu principalmente por smartphones. Suas telas pequenas criaram a necessidade de repensar a maneira de se apresentar qualquer conteúdo online.

Isso não apenas provocou adaptações visuais, como mudou totalmente a forma de se acessar conteúdo online.

O avanço surpreendente no consumo de internet por meio de dispositivos móveis (como celulares ou tablets) faz com que eles sejam, sem dúvida, a principal forma de conexão hoje em dia.

Assim que surge então o conceito de Mobile First. Então acompanhe mais abaixo o que é isso e quais as vantagens que esse método pode oferecer.

Smartphones: os computadores de bolso

Ficção científica na palma da sua mão

Quem acompanhou as inovações tecnológicas dos anos 2000 pôde vivenciar a origem de aparelhos eletrônicos cada vez menores e processadores mais potentes.

A criação do smartphone provavelmente foi o maior destaque dessa época, mesmo que muita gente ainda estivesse fascinada pelo tamanho de um IPod.

Um computador pessoal de bolso era, antes de tudo, uma ficção científica desejada por muitos, mesmo os notebooks eram pesados demais para transporte diário.

O próprio desktop (computador de mesa) era a escolha mais interessante no mercado por causa de seu poder superior de processamento. Apesar de claramente não ser uma opção portátil.

A chegada de smartphones mais potentes no mercado, contudo, permitiu que celulares pudessem acessar sites com a mesma facilidade de um computador normal.

No entanto, isso não significa que a interface de desktop pudesse ser reaproveitada nesses novos aparelhos também.

Novos formatos

Quando falamos de “interface”, estamos nos referindo à interface do usuário. Em outras palavras, são os aspectos visuais ou sonoros presentes num software ou programa que ajudem o usuário a acessar os processos ou conteúdos digitais.

É isso que possibilita o acesso às pastas do computador e às outras páginas de um site. Então sem uma interface teríamos que acessar o software por meio de códigos de programação, da mesma forma que seus desenvolvedores.

Nos smartphones, a tendência é que a interface seja utilizada na vertical, herança dos celulares mais antigos. Exigindo dessa forma uma disposição de elementos que se adequem a esse tipo de formato.

Em contrapartida, os desktops têm telas grandes e processamento superior. Assim, todo o espaço precisava ser preenchido para comportar o máximo de informação possível.

O que muitos fizeram ao longo do tempo foi adaptar seus sites em formato desktop para o formato smartphone. Como resultado, todos os conteúdos ficavam “espremidos” na pequena tela.

Em outras palavras, já deu para entender que esse tipo de estratégia nem sempre funciona, certo?

Imagino eu que, em virtude de oferecer um produto/serviço, o seu propósito é que ele seja disponibilizado da maneira mais eficiente e para o maior número de telas possível.

Comportamento recente do usuário digital

Mudanças no padrão de acesso

Se observarmos os dados do IBGE quanto aos usuários de internet em 2017, 69% dos usuários fazem o acesso pelo celular/smartphone. Em contraste com os 38,8% que se conectam pelo computador, vemos que há uma diferença bem marcante.

Por que então fornecer apenas formatos adaptados para  celulares ou computadores se esse é o principal meio de acesso à internet pelos usuários? Nesse sentido, a proposta do Mobile First busca mudar justamente isso.

Mobile First e o comportamento do usuário

Na concepção de Mobile First, a interface dos sites e plataformas é planejada primeiro para os smartphones. Assim você desenvolve um formato mais amigável para a maioria dos usuários que chegam à sua página ou usam seu serviço.

Esses conceitos são chave para criar familiaridade do usuário com seu negócio. Se existe algum problema na interação do consumidor com os produtos/serviços oferecidos nos meios digitais, é provável que o estranhamento gerado seja transferido diretamente para a marca.

Então, quando falamos desse conceito, pensamos primeiramente na UI (User Interface) e UX (User Experience) do site da sua empresa ou do produto/serviço que você oferece (caso ele seja digital).

Definindo muito brevemente, a UI se refere ao aspecto visual de um produto/serviço, enquanto a UX vai procurar saber quais são os sentimentos do usuário durante a interação com esse objeto.

Lembra dos sites cheios de informação onde mal dava para saber o que tem na tela? Eles seriam, de fato, os principais responsáveis por afetar a UI e UX de um visitante que chegasse em sua página online ou usasse uma ferramenta digital sua.

Com uma tela reduzida então, isso se torna ainda mais catastrófico. Informações importantes podem passar desapercebidas e problemas inesperados podem surgir.

Por isso surge a necessidade em reduzir ao máximo a quantidade de seções e funcionalidades que aparecem na tela.

Dessa forma, o usuário tem acesso a uma interface eficiente e intuitiva. Toda a informação fica condensada e de fácil acesso.

Qualidade acima da quantidade

O celular não é o único que se beneficia da Mobile First. Quando você se orienta a fazer um formato otimizado, isso se reflete também no desktop.

Ainda há bastante liberdade para alocar os elementos que você precisa colocar na tela do computador, mas agora existe também um melhor entendimento do que é necessário e o que pode ser melhorado.

Quando pensamos então num site empresarial, isso se torna ainda mais importante.

Uma boa página inicial pode ser tão convidativa quanto um cartão de visitas. A vantagem surge do fato que o visitante já pode conferir algumas informações essenciais sobre seu negócio, seus produtos, serviços e até mesmo preencher seus formulários, enviando suas informações de contato.

Então, o que o Mobile First indica para o futuro?

O domínio da tecnologia portátil e prática sobre a robustez e memória de máquinas maiores é mais que evidente.

Inegavelmente, não dá mais para pensar no desktop como a principal interface do usuário. A correria nos obriga a recorrer a formas mais rápidas e acessíveis de buscar e consumir conteúdo.

O Mobile First, portanto, é uma evolução natural do processo de adaptação de qualquer produto, serviço ou ferramenta online.

Recusar-se a seguir esse caminho pode assim interferir grandemente em futuras oportunidades.

Até mesmo usuários que tem potencial para se tornarem clientes podem acabar se afastando apenas porque a estrutura de um site ou aplicativo de uma empresa parece amadora na interface do celular.

No longo prazo, não se adaptar a novos formatos pode exigir um gasto ainda maior de recursos apenas para a adaptação de processos que já existem, mas não estão adequados para novas interfaces.

Por isso, antes de fazer qualquer projeto em meio digital, garanta sempre que os seus desenvolvedores estão pensando primeiro em como esse produto vai aparecer no formato portátil.

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