O X, antigo Twitter, foi suspenso no Brasil na última sexta-feira, 30 de agosto, pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi mantida pela primeira turma do STF na segunda-feira, 2 de setembro. Com isso, a rede social segue suspensa em todo território nacional.
Na última quarta, 28 de agosto, Moraes havia dado um prazo de 24 horas para que o empresário Elon Musk, dono da rede, nomeasse um representante legal para a plataforma no Brasil.
Com mais de 22 milhões de usuários ativos apenas no país, o que nos torna a quarta maior base de usuários do X no mundo, a rede é um canal de divulgação de diversas empresas.
De acordo com um estudo realizado pela IAB Brasil junto à Kantar Ibope Media em 2023, o investimento em publicidade digital no Brasil direcionado ao aplicativo registrou um crescimento de 11% e movimentou 16,4 bilhões de reais na economia.
No mesmo ano, um estudo divulgado pelo CENP apontou que 67% dos negócios B2B mundiais utilizavam a plataforma como parte da estratégia de Marketing Digital. Naquele ano, a plataforma ocupou a décima posição no ranking de redes mais utilizadas no Brasil.
Dados divulgados pela W51 apontam que cerca de 15 milhões de brasileiros seguem algum influenciador na plataforma, e pouco mais de nove milhões já compraram ou contrataram um serviço por indicação da plataforma.
A suspensão também afeta a capacidade das empresas de gerenciar crises. Em situações emergenciais, o X é frequentemente utilizado para comunicar informações importantes e responder rapidamente a eventos inesperados. Sem acesso a essa plataforma, as empresas podem encontrar dificuldades em controlar a narrativa e mitigar danos à sua imagem pública.
Com a suspensão do X, muitas organizações estão sendo forçadas a reavaliar suas estratégias digitais, buscando alternativas em outras redes sociais ou canais de comunicação. Essa adaptação pode envolver custos adicionais e demandar tempo, o que pode ser desafiador em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico e competitivo.
No cenário atual, a diversificação de plataformas e a criação de uma presença digital robusta em múltiplos canais são cada vez mais essenciais para mitigar os riscos associados à dependência de uma única rede social. A suspensão do X serve como um alerta para as empresas revisarem e fortalecerem suas estratégias de comunicação e marketing, garantindo resiliência frente a imprevistos.
Fonte: CNN Brasil e Mundo Marketing
