Quais são os benefícios de ter uma área de design interna na sua empresa?

Uma área de design interna é um diferencial para o estabelecimento da sua marca no mercado. Confira aqui as vantagens em manter esse setor.
Ploomes
19/03/2019 | 6 min
área de design interna

Se sua empresa já possui uma área de design interna, com um setor dedicado à cultura de design, você provavelmente já deve saber a importância desse segmento e o quanto ele pode impactar no crescimento do seu negócio.

Mesmo a Ploomes não contava com uma área específica de design até recentemente.

Como primeira a entrar com esse objetivo, senti na pele o que é construir uma identidade corporativa forte e condizente com uma empresa de tecnologia moderna e de alto crescimento.

No decorrer desse processo de construção, pude ter muitos insights sobre o quanto o design pode agregar de valor para a empresa como um todo.

Não se trata somente de fazer um belo logotipo ou uma bonita peça gráfica. Se trata de uma identidade, a imagem e impressão que se quer passar e já nesse primeiro contato encantar os nossos clientes.

Se trata de instaurar boas práticas dentro da empresa com uma identidade com a qual nos identificamos e gostamos.

E se trata, principalmente, de fomentar a consistência e a disciplina para que possamos melhor atender nossos parceiros e clientes.

A seguir veja alguns questionamentos que listei para que você também tenha mais claramente o processo de design e como ele pode ser benéfico e fundamental.

1) O que faz uma área de design?

Até hoje, quando me perguntam “o que você está cursando?” e eu respondo “design”, consigo ver vários pontos de interrogação surgindo em cima da cabeça do meu interlocutor.

Alguns acham que design seria algo como artes plásticas, mas a grande maioria fala: “design de interiores?  Que legal!”

Então vou esclarecer alguns pontos. Design de interiores é uma dentre muitas frentes. Design é um termo generalista para uma área que engloba desde uma parte mais gráfica até produtos industriais.

Vale ressaltar que, além desses segmentos, está se consolidando uma frente de design digital, devido ao avanço da tecnologia. Uma vez que quase tudo é visto e acessado por meio de interfaces, há a perda de espaço do meio gráfico tradicional.

Esse desconhecimento e seu mau uso são responsáveis pela banalização da palavra. Um exemplo clássico é o famoso “design de sobrancelhas”. Essas fachadas sempre me acertam como um soco no estômago.

De fato, a palavra tem como origem o conceito de  “desenhar”; “desenho”, mas hoje ela está muito mais relacionada a projetar.

Um bom designer sempre pensa no seu público e usa todo seu repertório de metodologias e conhecimentos de prototipação para melhor atendê-lo.

Quanto mais simples e intuitivo, melhor a experiência do usuário. No meu curso de graduação aprendi exatamente isso. Como projetar, que metodologias usar e como colocar o usuário no centro de tudo.

Com esse mindset, uma área de design interna pode ser uma ótima ferramenta de transversalidade, porque se comunica com outras áreas, como o marketing, para fazer peças gráficas. Ela também se comunica com a gestão por:

  • cuidar do posicionamento estratégico da marca;
  • gerir a marca e atualizá-la;
  • diagramar o material de uso interno.

Garantir a qualidade interna é uma boa prática. Ela é fundamental para encaminhar a qualidade com que será apresentada a empresa de modo externo.

2) Quais são suas experiências na área para falar desse assunto?

Posso dar outro exemplo de outro ambiente completamente diferente, mas que também possui uma área de design interna, a empresa de saneamento básico de São Paulo.

Lá, fazíamos folhetos para a população, cartões de visita internos, identidade visual dos veículos, arte para van de atendimento, banners gigantes de inauguração das obras e até ambientação de salas dentro da empresa.

Tudo que era visual  competia à nossa área. Era nosso trabalho manter a qualidade e padronização das peças.

Vale ressaltar que, como não é uma empresa nova, era nossa responsabilidade atualizar as arquivos antigos para a nova identidade visual.

Além disso, nesse trabalho também cuidavamos de vários eventos. E todo evento exige muito material.

Artes para TVs, banners, brindes, etc. Tudo isso sempre era desenvolvido de forma voltada para a apresentação da marca de maneira forte e homogênea.

Posso afirmar que o design se manifesta de diferentes maneiras em diferentes áreas e diferentes setores.

O design auxilia na construção de um ambiente de trabalho mais interdepartamental, pois lá recebíamos solicitações de trabalhos de quase todos os setores.

3) Mas não existem empresas especializadas em design e freelancers?

Existem muitas agências especializadas nesse tipo de serviço. Elas no geral têm experiência e bons portfólios. Outra opção além delas seriam os Freelancers.

Pessoalmente conheço amigos que trabalham na área que são muito bons. Mas conheço alguns que não são.

Conhecer a ferramenta não faz um bom designer. Como qualquer autônomo, sempre há alguns que não entregam o serviço nas datas combinadas e até que não finalizam o trabalho.

Isso só falando do aspecto profissional. Sobre o aspecto técnico, se você não ficar esperto, corre o risco de pagar por um serviço medíocre de alguém que se diz “designer”.

Agora,  ter uma área de design interna é diferente. Conhecer as capacidades e as competências de seus profissionais e poder estar alinhando-os com os serviços solicitados dá muito mais segurança no funcionamento do fluxo de trabalho.

A comunicação é mais acessível por estar dentro da companhia e, para empresas de porte gigantesco que nem a minha experiência profissional anterior que produzia muitos eventos, ter uma equipe de design sempre era uma “carta na manga”.

Ocorria muito frequentemente de precisarem de várias peças gráficas para uma reunião com o diretores daqui a uma hora. Tínhamos nossas atividades corriqueiras, mas sempre nos direcionávamos para essas urgências. Isso facilitava, pois, se fossem solicitar o serviço para uma outra agência externa, não seria possível entregar no prazo desejado.

4) Monetariamente, o que compensa mais?

Isso depende do porte, do seu ramo e da situação atual da empresa.

Se no momento não houver condições de contratar um designer por tempo integral, agências e freelancers podem ser uma boa opção.

São serviços pontuais que, com uma boa procura no mercado, são tranquilos de arranjar boas indicações e bons profissionais. Acaba sempre surgindo mais riscos, mas, conseguindo um serviço de confiança, as chances de dar algo errado são baixas.

As agências que têm experiência em lidar com esse tipo de trabalho sabem precificar. O valor desse trabalho é alto, entretanto, se não for uma demanda constante, provavelmente é o caminho mais indicado.

Na outra equipe que fiz parte, meu supervisor fazia o balanço no final de cada ano de quanto a empresa economizava por ter uma área de design interna. Isso sempre me assustou, o valor chegava a milhões de reais.

5) Quais são as responsabilidades da área de design interna da Ploomes?

A área de design interna da Ploomes, além dos trabalhos listados anteriormente, também é responsável pelas Propostas Comerciais dos clientes.

Com a base de clientes e produtos dentro da plataforma, a proposta “puxa” esses dados para fazer a negociação. Isso agiliza o processo do time de vendas e ajudando a companhia crescer.

Somos responsáveis por automatizar as propostas que o cliente tem, com as lógicas funcionando no layout dentro da plataforma.

Se o cliente não tem uma proposta comercial apresentável, criamos a parte visual com base no seu logotipo, site ou de acordo com as orientações dele.

Deixo aqui também o link para o meu texto anterior sobre propostas comerciais: 3 coisas que aprendi fazendo o design de mais de 400 propostas comerciais.

Espero ter respondido algumas das suas dúvidas sobre design e que você leitor tenha aprendido um pouco mais sobre a minha área.

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