Suspenso há mais de um mês, desde 30 de agosto de 2024, o X, antigo Twitter, trabalha para acertar a reativação do serviço no Brasil. A empresa de Elon Musk já cumpriu algumas das exigências da legislação brasileira, cobradas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Porém, ainda faltam o pagamento de duas multas e a desistência do recurso de bloqueio das contas da Starlink.
Mas ainda que o acesso seja restabelecido, isso não significa que a perda de usuários, que vem ocorrendo desde que o bilionário comprou a plataforma, será revertida ou que muitas marcas voltem a anunciar no X.
Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Broadminded. Nela, quase um quarto (24%) dos respondentes disseram que não voltarão a usar a plataforma caso a suspensão acabe.
Porém, o movimento de queda já era perceptível antes mesmo do bloqueio, com cerca de 19% dos usuários da plataforma reduzindo ou abandonando seu uso devido ao aumento de conteúdos desagradáveis.
A pesquisa também revela que 34% dos brasileiros entrevistados notaram uma melhora na saúde mental após o bloqueio da rede social.
No contexto do marketing, a suspensão da plataforma trouxe efeitos notáveis: 28% dos entrevistados afirmaram que a queda do X afetou diretamente ações, campanhas e estratégias de conteúdo, engajamento e alcance. Além disso, 9% dos participantes relataram que se sentem mais distantes de seus clientes como consequência.
Vale destacar que, antes da suspensão, o Brasil figurava entre os 10 países que mais utilizavam a plataforma. Após o bloqueio, 56% dos respondentes afirmaram que não migraram para outra rede social, mantendo-se nas que já usavam. Outros 22% migraram para o Threads, enquanto 15% optaram pelo Bluesky, alternativas diretas ao modelo do X.
Questionados sobre possíveis mudanças em um eventual retorno do X, 72% dos entrevistados defenderam que a plataforma deve implementar medidas eficazes contra discursos de ódio, e 82% acreditam que as redes sociais, incluindo o X, devem ser responsáveis pelo combate à disseminação de fake news.
Fontes: Mundo do Marketing, Valor, Tecmundo, Mercado e Consumo