Se você já ouviu falar sobre arquétipos, mas não sabe o que significa, saiba que é um conceito da psicologia para analisar o comportamento humano. Por conta disso, eles também são úteis no marketing, já que ajudam a entender o que os clientes pensam.
Em resumo, imagine um arquétipo como um padrão de pensamento, símbolos e imagens que estão no inconsciente das pessoas. Ele influencia as ações, ideias e emoções de maneira profunda e quase sempre imperceptível.
Neste contexto, criamos este conteúdo para explicar tudo o que você precisa saber sobre arquétipos e como são úteis para conhecer melhor o comportamento do consumidor.
O que são arquétipos?
O conceito de arquétipos como conhecemos hoje foi desenvolvido pelo renomado psiquiatra e psicoterapeuta suiço, Carl Gustav Jung. Como explicado acima, eles são formados por imagens ou modelos universais no inconsciente coletivo das pessoas.
Eles são expressões simbólicas de padrões comportamentais e emocionais que se repetem ao longo da história e são compartilhados por diferentes culturas.
Por exemplo: o arquétipo do herói, do sábio e o do amante são padrões que aparecem em mitos, contos de fadas, religiões e sonhos em todo o mundo, independente de quais sejam os países ou continentes.
Quais são todos os arquétipos de Jung?
Segundo Jung, existem 12 arquétipos no total, que são: o inocente; o sábio; o herói; o rebelde; o explorador; o mago; a pessoa comum; o amante; o bobo; o criador; o cuidador; e o governante.
Confira o que cada um deles significa:
- O inocente: vê o mundo com pureza e inocência. É uma pessoa simples e que vê felicidade nas pequenas coisas, também é transparente, autêntica, simples e positiva;
- O sábio: aquele que está em busca de conhecimento. É confiável, inteligente, preparado, equilibrado, consciente, coerente, verdadeiro e honesto;
- O herói: conhecido por superar desafios. Essa pessoa é focada e corajosa, não demonstra fragilidade, é disciplinada e ousada também;
- O rebelde: não se satisfaz com as leis e normas impostas. Quer sempre ir além e conquistar mesmo o que parece improvável, é inquieto, impaciente, incomum e ofensivo;
- O explorador: é uma pessoa extrovertida e com desejo de conhecer o mundo. Aspira por liberdade e não é muito ligado às regras. Essa pessoa também é aventureira, corajosa, apaixonada pelo mundo e livre;
- O mago: aquele que não se deixa levar pelo óbvio. Está sempre atrás de explicar o que não pode ser explicado, sendo uma pessoa criativa, intuitiva, carismática e obstinada;
- A pessoa comum: esse arquétipo não busca se destacar na multidão. É uma pessoa neutra, comum, reservada e normal, que prefere não expor opiniões ou pontos de vista que causem conflitos;
- O amante: preza pelos seus relacionamentos, buscando proporcionar experiências únicas e intensas. É alguém apaixonado, íntimo, atrativo e intenso em tudo o que faz;
- O bobo: tem um bom humor característico. É uma pessoa espontânea e que diverte todos ao seu redor, é alegre, leve, feliz, brincalhona e despreocupada;
- O cuidador: o foco principal do cuidador é com o bem-estar das outras pessoas. Suas ações são marcadas pela empatia, além de ser alguém prestativo, afetuoso e carinhoso;
- O criador: acredita que tudo pode ser potencializado. Está sempre atrás de novos projetos e desafios que só ele consiga resolver. É criativo, cheio de ideias e muito imaginativo;
- O governante: é quem gosta de estar sempre no controle. Tem como características a liderança, responsabilidade, senso de justiça, seriedade e persuasão.
História dos arquétipos: mundo das ideias
Por mais que o conceito dos arquétipos de Jung não seja tão antigo, a ideia inicial deles remonta à milênios, com raízes principalmente na filosofia de Platão. Para Platão, era real a existência de formas ideais ou “ideias” que transcendem a realidade material.
Segundo o filósofo grego, as Formas eram essencialmente modelos eternos e perfeitos que existiam no “mundo das ideias”, um reino transcendental além da realidade material que servia como a fonte última de todas as coisas.
Ficou confuso? Pense no seguinte: Platão dizia que as coisas que percebemos no mundo sensível são apenas imitações imperfeitas dessas Formas. Por exemplo: a cadeira que vemos e usamos no mundo físico é apenas uma cópia imperfeita da “Forma” ideal de uma cadeira, que existe no mundo das ideias.
Essa distinção entre o mundo sensível e o mundo das ideias foi o que influenciou o pensamento filosófico ocidental e estabeleceu as bases para a compreensão dos arquétipos na psicologia junguiana.
Qual a relação dos arquétipos com a psicologia?
Carl Jung foi discípulo de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Ele desenvolveu a teoria dos arquétipos como uma extensão das ideias de Platão. Jung acreditava que, assim como as Formas de Platão, os arquétipos eram padrões universais e atemporais que residiam no inconsciente coletivo da humanidade.
Eles eram essencialmente expressões simbólicas de impulsos e experiências fundamentais compartilhadas por todas as pessoas, transcendendo as diferenças culturais e individuais. Ao conectar as ideias de Platão sobre as Formas com sua própria teoria do inconsciente coletivo, Jung lançou as bases para uma compreensão psicológica dos arquétipos.
O principal argumento de Jung era que esses padrões universais influenciavam profundamente o comportamento humano, os padrões de pensamento e as experiências emocionais, moldando nossa percepção do mundo e de nós mesmos.
Qual é a influência dos arquétipos no comportamento humano e tomada de decisões?
Como explicado até aqui, os arquétipos têm uma grande influência no entendimento do comportamento humano e fornecem insights valiosos sobre a tomada de decisões das pessoas.
Eles moldam as percepções dos seres humanos sobre o mundo, assim como seus valores e escolhas. Isso é feito de maneira sutil, mas incrivelmente poderosa. Portanto, conhecer a influência dos arquétipos é fundamental para descobrir o limite do seu poder.
Veja a seguir como eles impactam em diferentes aspectos da vida humana:
Impacto psicológico
Os arquétipos exercem um impacto profundo na psique, influenciando aspectos fundamentais da identidade de uma pessoa, assim como de sua personalidade e experiências emocionais.
Eles agem como padrões enraizados no inconsciente coletivo, moldando percepções e comportamentos de maneiras complexas e muitas vezes inconscientes. Esses padrões simbólicos fornecem um mapa que ajuda a dar sentido às experiências e relacionamentos.
Por exemplo: um indivíduo pode ser influenciado pelo arquétipo do “herói”, que representa coragem, determinação e a busca por desafios significativos. Essa influência pode se manifestar na disposição da pessoa para enfrentar obstáculos e superar adversidades em sua vida, moldando sua identidade e visão de mundo.
Da mesma forma, o arquétipo do amante pode influenciar a maneira como alguém se relaciona com os outros, nutrindo relacionamentos interpessoais e expressando cuidado e compaixão.
Formação de preferências e valores
Os arquétipos também desempenham um papel significativo na formação de preferências e valores ao longo de toda a vida. Eles servem como modelos ou ideais a serem seguidos, influenciando as escolhas e decisões de uma pessoa em diversas áreas, como carreira e relacionamentos.
Veja um exemplo: o arquétipo do “herói” pode inspirar uma pessoa a buscar desafios significativos e a se esforçar para alcançar objetivos ambiciosos.
Esse padrão arquetípico pode moldar as preferências de alguém em termos de carreira e atividades de lazer, levando essa pessoa a escolher profissões ou hobbies que ofereçam oportunidades para demonstrar toda a sua coragem e determinação.
Influência nas decisões cotidianas
Por último, além de moldar as preferências e valores ao longo da vida, os arquétipos influenciam a tomada de decisões cotidianas. Eles agem como impulsos inconscientes que orientam escolhas e ações, muitas vezes sem que a pessoa tenha plena consciência disso.
Um indivíduo pode ser influenciado pelo arquétipo do “rebelde”, que representa a busca pela autonomia e a resistência às normas sociais estabelecidas. Essa influência pode levar a pessoa a desafiar autoridades, buscando expressar sua individualidade e liberdade.
Da mesma forma, o arquétipo do “sábio” serve para orientar alguém a buscar sabedoria e discernimento em suas decisões, procurando por insights profundos e considerando cuidadosamente as consequências de suas ações.
Aprenda a usar os arquétipos em prol da sua marca
Agora que você já sabe o que são os arquétipos, sua história e como eles impactam na personalidade e tomada de decisão de uma pessoa, provavelmente ficou claro o quão importante é o uso deles em áreas como marketing e vendas.
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