Manutenção Corretiva na Indústria: o que é, como e quando fazer

A manutenção corretiva é o melhor alternativa quando tudo mais falhou. Veja aqui qual o momento certo para usá-la e como reduzir os custos.
Henrique
18/04/2019 | 5 min
Manutenção corretiva

Anteriormente, detalhamos os aspectos envolvidos na manutenção preditiva e na manutenção preventiva. Agora vamos nos aprofundar na manutenção corretiva, a mais temida dos três tipos.

Esse receio com procedimentos corretivos é bem justificável. É o que envolve mais custos, tempo e pessoal para resolver e mesmo assim seu intuito é diminuir impactos já causados.

Mesmo assim, sua presença é essencial. Uma boa estrutura preditiva e preventiva apenas reduz a probabilidade e proporção das falhas, mas elas inevitavelmente podem ocorrer.

Então como fazer manutenção corretiva? Que cuidados precisam estar envolvidos? Como fazer o planejamento de procedimentos de correção? Continue conosco para saber as respostas para essas perguntas.

O perigo mora nos detalhes

A manutenção corretiva não é essencialmente emergencial. Máquinas são equipamentos complexos e dificilmente vão colapsar de uma vez só.

Em outras palavras, seus equipamentos vão apresentar uma série de sintomas antes de registrarem uma falha que impossibilite totalmente a sua performance.

Como foi visto nos outros textos aqui do blog da Ploomes, a manutenção preditiva vai estabelecer um diagnóstico da sua linha de produção e propor uma agenda para a realização de processos de manutenção preventiva ou mesmo corretiva.

Através da manutenção preventiva serão estabelecidas paradas na produção para garantir um ciclo de inspeções mais aprofundadas sobre a real situação do seu maquinário.

É durante esses dois procedimentos que serão detectados os tais “sintomas”. Ao encontrar uma peça defeituosa ou algum sinal de desgaste na estrutura de um equipamento, seus colaboradores podem fazer algo para manter a performance da máquina ou fazer o registro para futuras análises.

Isso é o que denominamos uma falha potencial. Ela não afeta completamente o desempenho da máquina, mas pode, a longo prazo, gerar o total comprometimento do equipamento. Neste caso teríamos uma falha funcional, uma falha que impediria a performance daquele componente na linha de produção.

Melhor corrigir que remediar

A forma como será necessário lidar com cada tipo de falha é distinto e, dessa forma, existem duas definições de procedimentos de manutenção corretiva:

  • Manutenção corretiva programada: processos definidos anteriormente, com planejamento prévio;
  • Manutenção corretiva emergencial: procedimentos emergenciais, realizados da maneira mais rápida e efetiva possível.

No caso de uma falha potencial, nem sempre há urgência em resolvê-la, então é possível programar um procedimento para corrigi-la, como é o caso da manutenção corretiva programada. Assim há maior espaço para planejamento e consideração de custos.

É evidente que pode ser preferível lidar com qualquer falha em regime emergencial, não importando o potencial de se transformar em uma falha funcional. Um desastre iminente, por exemplo, ainda pode ser caracterizado como falha potencial, uma vez que ainda não afetou a produção.

Felizmente, com a manutenção preditiva e preventiva, dificilmente surgirão casos como esse.

De outro modo, uma manutenção corretiva emergencial oferece muitos riscos para sua indústria. O surgimento de uma falha operacional interrompe toda a produção, o que chamamos de lucro cessante.

A única forma de impedir que o dano persista e coloque a sua indústria em perigo, é fazer o controle da falha, como na ocasião de um vazamento ou incêndio, e fazer a aquisição em caráter emergencial de uma máquina que substitua aquela que foi comprometida.

Isso impede que você faça uma boa pesquisa de mercado sobre quais são as melhores opções no mercado. A compra é definida mais pelo tempo de entrega do que pela qualidade do material.

O resultado dessas compras pode ser prejudicial a longo prazo, porque, sem qualidade, pode ser necessário outra aquisição em menos tempo, gerando maiores gastos.

Saiba agir quando for a hora

Outro ponto importante é a preparação de sua equipe para emergências. Evitar o pior cenário é a preocupação máxima da manutenção, mas é sempre necessário tê-lo em mente. 

Estabelecer procedimentos padrões para manutenção corretiva emergencial podem agilizar a resposta para falhas mais graves.

Um dos reflexos da falta de planejamento prévio em manutenção é a paralisia operacional ao surgir um problema. Não sabendo como lidar com uma adversidade, fica ainda mais difícil chegar em uma solução rápida. A urgência não permite tempo para pesquisa, então ela precisa ser feita muito antes de qualquer possibilidade de falha.

Quando utilizar manutenção corretiva?

A manutenção corretiva é a mais custosa das três manutenções, por isso deve ser evitada. A utilização de manutenção corretiva programada, por exemplo, é indicada apenas em casos que ela é possível.

Se seu equipamento com falhas pode causar problemas ao meio-ambiente, aos seus colaboradores ou à produção, é preferível resolvê-la o mais rápido possível. Mesmo a manutenção corretiva planejada é questionável nesses casos.

Dessa forma, o ideal é que boa parte dos seus esforços se concentrem mais em impedir falhas do que propriamente corrigi-las. Reparar uma máquina pode aumentar seu tempo útil, mas, quanto antes a falha for notada, menor será a necessidade de reparos em primeiro lugar.

A gestão de uma indústria também pode exigir muitas escolhas. Fazer o trade-off entre quais equipamentos necessitam de maiores reparos nem sempre é fácil. Por isso é importante entender a sua demanda.

Se souber quais produtos do seu catálogo têm mais procura, é possível estabelecer uma prioridade sobre a perspectiva de lucro com um determinado equipamento.

Exemplificando, se imaginarmos uma fábrica que produz ventiladores e aquecedores, imaginamos que a busca por cada um deles é bem específica. Ventiladores vendem em meses quentes e aquecedores em meses frios.

Caso uma máquina para produzir ventiladores apresente uma falha potencial em julho, não seria necessário fazer uma manutenção corretiva emergencial. O frio do inverno provavelmente não vai motivar seus clientes a comprar esse produto.

Outros segmentos, no entanto, podem não ser tão previsíveis, exigindo ferramentas e técnicas que te permitam prever a demanda nos próximos meses.

Manutenção Corretiva é a melhor opção quando não há nenhuma

Tomar um remédio amargo é sempre preferível a sofrer com a doença. Da mesma forma, a manutenção corretiva é o melhor a ser feita quando tudo mais falhou.

Por mais que a manutenção preditiva e a manutenção preventiva sejam investimentos adicionais, colocar sua indústria em risco é uma probabilidade que não permite muita liberdade.

Além disso, manter uma produção em bom funcionamento é sinônimo de qualidade. Com um mercado cada vez mais competitivo, o ideal é sempre garantir o melhor desempenho de todos os processos. Portanto, tenha sempre em mente a importância da manutenção corretiva, mas sempre a mantendo como última opção.

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