Uma boa gestão empresarial é essencial para o sucesso e o crescimento de qualquer empresa. Para isso, estratégias como o Capex (Capital Expenditure) se tornam fundamentais na organização e gestão das finanças de um negócio.
O Capex também se relaciona diretamente com o Opex (Operational Expenditure), e aprender a calcular ele ajuda a manter um bom fluxo de caixa e garantir o crescimento da empresa.
Caso você não saiba do que se trata o Capex, pode ficar tranquilo. Preparamos este conteúdo para ensinar como fazer o cálculo dele e dicas práticas para fazer a gestão financeira.
O que é Capex?
O Capex se refere aos investimentos em ativos de longo prazo feitos por uma empresa – essenciais para a operação e o crescimento do negócio no mercado.
Estes investimentos podem incluir a compra de equipamentos, construção de instalações, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, entre outros.
Dessa forma, o Capex representa o cálculo de todos os gastos que ajudam a empresa a manter ou expandir suas operações.
Importância do Capex para o crescimento empresarial
Como você viu acima, o Capex desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de uma empresa. Fazer os investimentos adequados nos ativos de longo prazo capacita a organização a melhorar sua eficiência operacional.
Além disso, o Capex serve para expandir a capacidade produtiva do negócio e fazer com que permaneça competitivo no mercado. Isso impulsiona a inovação e permite que uma empresa desenvolva novos produtos ou serviços para atender às demandas dos clientes e às tendências do mercado.
Capex x Opex: quais são as diferenças?
Até aqui nós explicamos como o Capex é essencial para o sucesso de um negócio, mas além dele também existe outro termo muito importante que você precisa conhecer: o Opex.
Compreender as diferenças entre Capex e Opex é um dos pontos cruciais para ter uma gestão financeira eficaz. Enquanto o Capex envolve investimentos em ativos de longo prazo, o Opex são os gastos operacionais necessários para manter as operações diárias da empresa.
Por exemplo: o pagamento de salários, contas de serviços públicos e despesas de manutenção, como as contas de água e energia, são considerados Opex.
Fazer a distinção entre esses dois tipos de despesas é crucial para a contabilidade e para a avaliação do desempenho financeiro do negócio.
Como calcular o Capex?
O cálculo do Capex envolve alguns fatores e pode parecer complicado à primeira vista. No entanto, se você seguir todas as orientações que listamos aqui, vai ficar mais fácil fazer a conta do jeito certo.
Entre os dados que você precisa ter estão, principalmente, a determinação dos investimentos em ativos de longo prazo durante um determinado período de tempo.
Uma fórmula básica para calcular o Capex é subtrair o valor dos ativos fixos no final do período do valor dos ativos fixos no início do período e adicionar quaisquer despesas de capital incorridas durante o período. A fórmula é representada desta maneira:
- Capex = (Valor dos Ativos Fixos no Final do Período – Valor dos Ativos Fixos no Início do Período) + Despesas de Capital
Exemplo de cálculo do Capex
Considere uma empresa fictícia chamada “Empresa X”, que opera no setor de tecnologia e está planejando expandir suas operações através da aquisição de novos equipamentos para o setor de produção.
Para calcular o Capex associado ao investimento necessário para essa expansão, você precisa considerar o custo dos equipamentos, bem como quaisquer despesas adicionais relacionadas à instalação e preparação desses novos ativos.
Certo, agora suponha que essa nova linha de produção adquirida pela empresa custa R$500.000. Além do custo dos equipamentos, há despesas adicionais de R$50.000 para instalação e treinamento de funcionários.
O cálculo do Capex pode ser feito da seguinte forma:
- Capex = Custo dos Equipamentos + Despesas de Instalação
- Capex = R$500.000 + R$50.000
- Capex = R$550.000
Portanto, o Capex total associado à expansão da Empresa X é de R$550.000. Este valor representa o investimento necessário em ativos de longo prazo para viabilizar o crescimento das operações da empresa.
Um ponto importante para você prestar atenção é que, neste exemplo, os R$50.000 de custos com a instalação dos equipamentos estão dentro do Opex. Mesmo assim, eles se somam ao Capex porque representam gastos para a empresa.
Quais os indicadores referentes ao Capex?
Existem diversos indicadores relacionados ao Capex que oferecem insights sobre o desempenho financeiro e a eficiência dos investimentos de uma empresa.
Alguns dos principais incluem a depreciação e amortização, o fluxo de caixa livre e o fluxo de caixa operacional. Por isso, veja o que cada um deles significa e como funcionam:
Depreciação e amortização
Depreciação e amortização são dois métodos do setor de contabilidade usados para alocar o custo de ativos de longo prazo ao longo de sua vida útil estimada.
Funciona assim: a depreciação se refere à redução do valor de um ativo tangível ao longo do tempo, enquanto a amortização é a alocação do custo de ativos intangíveis, como patentes e softwares, ao longo de sua vida útil.
Estes métodos são importantes para garantir que os custos dos ativos sejam distribuídos de forma adequada ao longo do tempo, refletindo assim seu uso e desgaste com o passar dos meses e anos.
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Fluxo de caixa livre
O fluxo de caixa livre é um indicador que serve para medir a capacidade de uma empresa de gerar caixa depois de contabilizar os gastos necessários para manter ou expandir as suas operações.
Ele é calculado subtraindo os investimentos em ativos de capital do fluxo de caixa operacional.
Um fluxo de caixa livre positivo indica que a empresa tem recursos disponíveis para investir em novos projetos, pagar dividendos aos acionistas ou reduzir sua dívida, por exemplo.
Fluxo de caixa operacional
O fluxo de caixa operacional também é uma métrica fundamental que avalia a saúde financeira de uma empresa.
Ele mede a quantidade de dinheiro que uma empresa gera ou consome em suas operações principais, excluindo os efeitos de atividades de investimento e financiamento.
Um fluxo de caixa operacional positivo indica que a empresa está gerando mais dinheiro com suas operações do que está gastando, o que é um sinal de saúde financeira. Do contrário, significa que a empresa precisa gastar menos.
Melhores práticas na gestão de Capex
Na gestão de Capex, existem algumas boas práticas indispensáveis para garantir que os investimentos em ativos de longo prazo sejam feitos de forma eficiente e tragam resultados relevantes para a empresa.
Algumas dessas práticas incluem:
- Realização de uma análise de retorno sobre o investimento (ROI) para avaliar o potencial de retorno de um investimento;
- Priorização de projetos de Capex com base em sua contribuição para os objetivos estratégicos da empresa;
- Monitoramento regular do desempenho dos ativos de longo prazo para garantir que eles continuem a fornecer valor à empresa ao longo do tempo.
Entenda um pouco mais sobre cada uma:
1. Análise de ROI
A análise de ROI é uma ferramenta que serve para a avaliação do potencial de retorno de um investimento em Capex. Para calcular o ROI, é necessário comparar os benefícios financeiros esperados do investimento com os custos associados a ele.
Por exemplo:
- A fórmula é: ROI = (Lucro Líquido / Custo do Investimento) * 100.
- Suponha que uma empresa investiu R$100.000 em novos equipamentos;
- Depois de um ano, essa empresa teve um lucro líquido de R$30.000 proveniente desses equipamentos;
- ROI = (30.000 / 100.000) * 100;
- ROI = (0,3) * 100;
- ROI = 30%.
2. Priorização de projetos de Capex
Para priorizar projetos de Capex com base nos objetivos estratégicos da empresa, é importante considerar como cada investimento contribuirá para os objetivos de longo prazo da organização.
3. Monitoramento regular do desempenho dos ativos de longo prazo
É necessário estabelecer métricas de desempenho (KPIs) para cada ativo de longo prazo, como tempo de atividade, eficiência operacional, custo de manutenção e retorno sobre o investimento. Elas ajudam a avaliar o desempenho dos ativos ao longo do tempo.
Além disso, use sistemas de monitoramento, como software de gestão de ativos ou manutenção preventiva, para acompanhar o desempenho dos ativos de longo prazo. Esses sistemas podem fornecer insights em tempo real sobre o estado e a eficiência dos ativos, permitindo uma intervenção rápida em caso de problemas.
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Você sabia que seus produtos, insumos e maquinários perdem valor com o tempo? A lógica é a mesma que adquirir um carro e revender anos depois por um preço inferior ao que você pagou.
A grande questão é: como saber se esses objetos deram o retorno esperado antes de se tornarem obsoletos? Basta aprender a calcular a depreciação dos bens.
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