Gestão de Risco: Como proteger seu negócio e garantir o sucesso

Veja como a gestão de risco pode proteger sua empresa e maximizar seus lucros. Aprenda as melhores práticas para evitar problemas futuros.
Tayrane
30/01/2024 | 7 min
executivo fazendo gestão de risco da sua empresa

Por mais que uma empresa crie ações preventivas para mitigar os riscos, eles estarão ali: seja por fatores externos, ou questões que não estavam previstas.

De qualquer forma, manter a gestão de riscos em uma organização é um elemento significativo para reduzir as chances de ameaças.

Nesse sentido, o planejamento é a chave para blindar a empresa de possíveis crises, fortalecendo a companhia e todas as suas áreas.

Mas, afinal, como realizar uma gestão de riscos de forma eficiente? Neste artigo, explicamos o passo a passo!

O que é gestão de riscos?

A gestão de riscos é uma prática fundamental para organizações que buscam se manter preparadas para lidar com cenários incertos. 

Risco, nesse contexto, é definido como um evento ou situação cujo resultado é incerto e que pode ter impactos negativos sobre os objetivos e metas da organização.

A gestão de riscos envolve a identificação, avaliação e controle desses eventos, com o objetivo de minimizar suas potenciais consequências.

Para controlar a organização em relação às ameaças potenciais, é essencial utilizar os recursos humanos de forma eficaz, o que prevê a alocação adequada dos colaboradores.

Além disso, a capacitação para lidar com situações de risco e a promoção de uma cultura organizacional que valorize esse atributo também é essencial.

Antecipar possíveis situações de risco e incorporar práticas preventivas nos processos da empresa são passos importantes, assim como a implementação de políticas e tecnologias que ajudem a identificar, avaliar e reduzir ameaças antes que se tornem problemas significativos.

Sendo assim, agir rapidamente diante de incertezas e mudanças de cenário é uma característica indispensável para uma gestão de riscos eficaz.

Quais os tipos de riscos para uma empresa?

A gestão de riscos é uma prática essencial para organizações que buscam garantir sua sustentabilidade e crescimento contínuo. 

Dentre os desafios enfrentados, existem os riscos estratégicos, financeiros e operacionais. 

Compreender e se atentar a esses diversos riscos é fundamental para assegurar o sucesso da sua empresa. Conheça os tipos de riscos para ficar de olho:

Riscos estratégicos

Os riscos estratégicos estão diretamente ligados à visão de longo prazo da empresa. Essas ameaças podem surgir a partir de mudanças no mercado, entrada de novos concorrentes e alterações nas leis que norteiam o setor. 

São questões que têm o potencial de impactar significativamente o crescimento e a saúde geral da empresa.

Por isso, identificar e entender essas ameaças é essencial para que a organização possa antecipar desafios, pensar em soluções estratégicas e, assim, manter-se competitiva.

A análise detalhada desses riscos é fundamental, e a implementação de políticas e programas preventivos ajuda a evitar possíveis consequências.

Riscos financeiros

Os riscos financeiros são inerentes às mudanças que ocorrem na economia. Variações nas taxas de juros, oscilações cambiais e a possibilidade de clientes tornarem-se inadimplentes são só alguns exemplos. 

Tais variáveis podem interferir na capacidade da empresa em honrar compromissos financeiros, como o pagamento de despesas e dívidas

Se não gerenciados adequadamente, esses riscos podem desencadear uma crise financeira. 

Portanto, o indicado é que a sua empresa adote medidas proativas, como estratégias de  análises de crédito, diminuindo, assim, os impactos adversos dessas incertezas.

Riscos operacionais

Já os riscos operacionais estão relacionados às atividades de rotina da empresa, como falhas em processos, problemas com fornecedores, logística, estoque, roubos, fraudes e questões judiciais. 

Essas questões são graves e têm o potencial de prejudicar a produtividade da empresa, afetando a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. 

Para evitar esses riscos, as empresas devem implementar sistemas robustos de controle de qualidade, manutenção preventiva, monitoramento de fornecedores e treinamento adequado para seus colaboradores. 

Lembre-se: a eficiência na gestão operacional é a chave para evitar interrupções nas operações e garantir a entrega de valor aos clientes.

Os ISOs na gestão de risco

As normas ISO atuam de forma significativa na gestão de risco, fornecendo diretrizes e padrões internacionalmente reconhecidos para garantir a eficiência e segurança nos processos empresariais. São elas:

ISO 9001

A ISO 9001 estabelece requisitos para sistemas de gestão da qualidade, visando assegurar que as empresas forneçam produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes. Ao focar na melhoria contínua de processos, a ISO 9001 promove a excelência operacional, e a satisfação do cliente.

ISO 31000

Já a ISO 31000, uma norma internacional dedicada à gestão de riscos, oferece diretrizes para análises e avaliações de risco.

Aplicável a empresas públicas, privadas ou comunitárias, a ISO 31000 atua no planejamento, gerenciamento e processos de comunicação, atuando na melhoria da gestão e garantindo a segurança no local de trabalho. 

Ao priorizar a eficiência operacional, a governança e a construção da confiança, a ISO 31000 torna-se uma ferramenta valiosa para organizações que buscam prosperar em ambientes complexos e dinâmicos.

Ferramentas de gestão de riscos

What If

A expressão “What If” (“E se”, em português) envolve a formulação de perguntas do tipo “E se isso acontecer?” para analisar as implicações potenciais de eventos improváveis, mas possíveis. Ao realizar análises de cenários “What If”, as organizações podem desenvolver planos de contingência e estratégias de resposta para lidar com situações adversas.

PFMEA

Especialmente eficaz para riscos relacionados a processos específicos, a PFMEA (Process Failure Mode and Effects Analysis) concentra-se em identificar possíveis falhas no processo. 

A equipe revisa minuciosamente cada etapa do processo, identificando falhas potenciais e propondo soluções antes que se tornem problemas significativos.

Matriz GUT

Já a Matriz GUT é uma ferramenta de priorização que utiliza os atributos Gravidade, Urgência e Tendência. Os riscos que podem afetar a empresa são listados, e cada um recebe notas de 1 a 5 em cada atributo.

Ao multiplicar as notas, é possível obter um resultado final que permite a priorização eficiente, focando nos riscos mais críticos e urgentes.

Análise Preliminar de Riscos (APR)

Por fim, a Análise Preliminar de Riscos, ou APR, é empregada para identificar riscos associados a projetos, produtos ou processos. 

Assim, a equipe realiza uma análise detalhada do grau de risco envolvido em cada etapa, sugerindo medidas para controlar possíveis adversidades

Esse processo preventivo contribui para a tomada de decisões embasadas desde as fases iniciais de um projeto até a sua conclusão.

O processo da gestão de risco

Identifique os riscos

No primeiro estágio, a sua empresa deve identificar e documentar todos os riscos potenciais que podem afetar seus objetivos. 

Esse processo abrange ameaças e oportunidades, sejam elas de origem interna ou externa, proporcionando uma visão ampla do cenário de riscos enfrentado.

Avalie os riscos

Após a identificação, a avaliação de riscos entra em cena. Nesta etapa, a organização analisa a probabilidade e o impacto de cada risco identificado, priorizando-os com base em sua criticidade. Com essa análise, a empresa consegue direcionar os recursos e a atenção para os riscos mais significativos.

Desenvolva um plano

Com os riscos identificados e avaliados, é hora de elaborar estratégias e planos para lidar com esses desafios, que podem incluir a redução, transferência, aceitação ou prevenção de riscos. 

Dessa forma, o plano desenvolvido define responsabilidades, alocando recursos necessários e estabelecendo um cronograma para a implementação das medidas.

Implemente o plano

Na fase de implementação, as ações delineadas no plano de gestão de riscos são executadas. 

Esse processo envolve a integração de medidas preventivas e corretivas para gerenciar efetivamente os riscos identificados, garantindo que a organização esteja preparada para lidar com potenciais adversidades.

Monitore e revise continuamente o plano de gestão de risco

Por fim, estabelece-se um sistema de monitoramento constante para avaliar a eficácia do plano ao longo do tempo.

A empresa deve revisar periodicamente a adequação do plano em resposta a mudanças no ambiente interno ou externo, garantindo que a gestão de riscos permaneça adaptativa e alinhada às necessidades do negócio. 

Esse acompanhamento contínuo é fundamental para sustentar a previsibilidade e o sucesso organizacional em um ambiente empresarial em constante evolução.

Conclusão

Em um cenário dinâmico e desafiador, a gestão de riscos surge como um recurso importante para garantir o sucesso e a sustentabilidade das organizações. 

Ao seguir as etapas de identificação, avaliação, desenvolvimento de plano, implementação e monitoramento contínuo, é possível construir um planejamento eficaz para enfrentar os desafios imprevisíveis.

Nesse sentido, a Governança Corporativa é uma aliada quando o objetivo é garantir a eficiência, transparência, prestação de contas e tomada de decisões responsáveis.

Quer saber os benefícios e os princípios desse importante elemento empresarial? Confira o conteúdo completo sobre governança corporativa que preparamos!

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