Cadeia Produtiva: quais são os processos de distribuição?

Todo bem de consumo passou por transformações antes de chegar na mão do consumidor final. Saiba como a cadeia produtiva transforma recursos em produtos.
Henrique
20/04/2022 | 7 min
Cadeia Produtiva

O que é uma cadeia produtiva?

Antes de definirmos melhor esse conceito, vamos a um exercício prático:

Caso esteja lendo este texto num celular, deve saber que esse aparelho tem um longo caminho até a sua mão. Provavelmente você o comprou de uma loja, que comprou de uma distribuidora, que retirou a mercadoria de uma fábrica, que foi responsável pela produção a partir de matérias-primas, que foram adquiridas de alguma fornecedora.

Se quiséssemos ir mais longe poderíamos falar também das condições de produção de recursos naturais, que são a base para a maioria dos produtos, mas vamos nos ater às etapas seguintes do processo produtivo.

Todo produto disponível em mercados, marketplaces ou revendedoras passa por um percurso semelhante. Isso significa que, antes de ficarem prontos, eles vão ser constituídos por diversas matérias-primas que vão passar por um número variável de transformações até estar em condições de ser levado ao consumidor final.

Isso serve para bens de consumo, ou seja, aqueles que serão adquiridos pelo consumidor final – normalmente, pessoa física. Entretanto, os bens de produção (matéria-prima) e bens de capital (instalações necessárias para a produção de bens, como maquinário) também são considerados produtos e são adquiridos por outros clientes – sejam eles pessoas físicas ou outras empresas.

Evidentemente a definição acima é apenas uma forma simplista de abordar todos os elementos envolvidos no percurso de disponibilização de um produto. Abaixo vamos detalhar de maneira mais aprofundada o que é uma cadeia produtiva e quais são os seus componentes.

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Quais são as etapas da cadeia produtiva

Antes de prosseguirmos, é importante ressaltar que cada produto tem suas particularidades e cada empresa envolvida vai executar seu papel na cadeia produtiva à sua própria maneira.

Portanto, o que faremos aqui é uma abordagem geral, a partir da análise de variados modelos de produção. A relevância de cada elemento analisado aqui vai variar conforme a prioridade dos agentes envolvidos em cada percurso.

Visto isso, separamos a cadeia produtiva em três etapas:

  • Extração de matéria-prima;
  • Transformação da matéria-prima em produto;
  • Distribuição do produto final.
etapas da cadeia produtiva

Entre essas etapas também pode haver estágios intermediários de controle de qualidade, armazenamento e transporte, que vão garantir o bom estado dos materiais.

Outro aspecto importante é que dificilmente uma única empresa vai atuar em toda a cadeia. Em verdade, mais de um negócio pode agir sobre uma mesma etapa (como é o caso de distribuidoras que enviam para revendedoras ou de indústrias que fornecem peças para máquinas produzidas em outras fábricas, por exemplo).

Definido isso, avancemos para os detalhes de cada etapa:

Extração de matéria-prima

A capacidade de extrair recursos do ambiente sempre foi uma preocupação recorrente na história humana. A disponibilidade de matéria-prima é essencial para a produção e, por isso, a extração é a primeira parte da cadeia produtiva.

Quem vai cuidar da extração normalmente são as indústrias extrativas. São elas que vão fornecer os insumos minerais e orgânicos para as indústrias de base ou diretamente para as transformadoras, que veremos no próximo tópico.

Sua localização geralmente vai ser próxima a grandes fontes dos recursos extraídos, como solos ricos em minérios ou propícios ao cultivo. Para o bom desempenho das atividades de extração, normalmente são empregadas máquina de grande porte.

Isso se justifica pelas condições extremas (mineração de elementos muito resistentes) ou pela quantidade massiva a ser produzida. Como as matérias-primas são, em tese, elementos “brutos” que abastecem toda a cadeia, é necessário produzi-las em grande escala para que se obtenha um retorno significativo.

Transformação de matéria-prima em produto

Uma vez extraídos os recursos, é necessário refiná-los para que se tornem aptos a serem utilizados. É o que faz a indústria de base: metalúrgicas, siderúrgicas e petroquímicas, por exemplo, vão garantir a pureza dos materiais retirados da natureza. Por meio desse trabalho de refinamento que será possível a melhor qualidade da produção.

Não é raro que uma mesma indústria esteja presente na extração e elaboração da matéria-prima. Visto que o processo de preparação envolve quantidades massivas de recursos e energia, é preferível que todo custo adicional seja eliminado. Investimentos com transporte, por exemplo, são elevados demais e precisam de extensa consideração antes de feitos.

Uma vez que a matéria-prima está apta para a produção, ela é enviada para as chamadas “indústria leve” e “indústria intermediária”. A primeira vai ser responsável por transformar a matéria-prima em bens de consumo, enquanto a segunda vai fornecer os equipamentos e máquinas presentes em boa parte da cadeia produtiva.

Com o avanço da tecnologia, as indústrias intermediárias têm se tornado cada vez mais importantes para o mercado. Isso se justifica pela presença crescente de elementos não humanos no processo produtivo.

Desde o uso de maquinário pesado para extração e cultivo, até o desenvolvimento de máquinas inteligentes para tarefas mecânicas e repetitivas, existem muitos recursos úteis da tecnologia para as indústrias.

É evidente que esses equipamentos também vão ter sua própria cadeia produtiva. A produção e disponibilização de um único produto vai depender de outras múltiplas cadeias dos equipamentos envolvidos. Contudo, vamos manter o foco apenas no processo de disponibilização do produto do consumidor final para simplificar a explicação.

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Distribuição do produto

Feitos todos os processos de transformação do produto ou das peças que o compõem, é necessário disponibilizá-lo para os consumidores finais.

Nesse ponto, os investimentos com logística são sempre necessários, não apenas durante a etapa de distribuição, como nas anteriores também. Todos os custos envolvidos com a produção podem ser afetados por um transporte ineficiente que danifique ou extravie suas mercadorias.

Dependendo do modelo de negócio, pode haver apenas uma distribuidora para dar conta do escoamento da produção. Em outros casos, principalmente com empresas grandes, será necessário um conjunto de distribuidoras e revendedoras que garantam a entrega dos produtos a nível nacional ou internacional.

Outra questão que requer atenção é a adequação da cadeia produtiva em relação à demanda. É importante que o fluxo de produtos seja suficiente para a pronta entrega, contudo, produção excedente ajuda a desvalorizar seus produtos.

Para evitar isso, muitas indústrias têm investido em Produção Enxuta (Lean Manufacturing). Ela consiste em fazer uma produção “puxada” pela demanda através da eliminação de processos que não agregam ao produto, além da otimizações de tarefas.

Atualmente esse método é mais comum em fábricas que produzem diretamente para o consumidor (B2C). No entanto, o esgotamento do mercado dá sinais que é necessário que outros modelos de indústrias, como as intermediárias e de base, também invistam em modernizações que favoreçam o fluxo de trabalho.

O elo comum da cadeia produtiva: o processo de vendas

Sabemos, portanto, que há uma extensa cadeia de acontecimentos que levam à disponibilização de uma mercadoria final.

No meio desse caminho, muitas outras transações entre empresas (B2B) são envolvidas. Logo, cada uma dessas indústrias tem seus departamentos de vendas, assim como as distribuidoras e revendedoras/representantes.

Cada um desses elementos, pertencentes à cadeia produtiva e de distribuição, podem ser atendidos pelo CRM Ploomes. Esse sistema auxilia na gestão das vendas que ocorrem nesse meio, organizando os processos e impulsionando os resultados de cada indústria, distribuidora e revendedora.

O Ploomes é o único sistema de vendas que se adapta ao processo desses tipos de empresas. Isso porque esses players possuem etapas de negociação diferentes de outros (como empresas de serviços ou produtos para pessoas físicas). Dessa forma, necessitam de funções específicas para ter um bom uso de CRM.

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As cadeias produtivas na Indústria 4.0

Com um mercado cada vez mais exigente, é sempre necessário adotar novas soluções que ajudem a otimizar processos e aumentar o retorno trazido pelos investimentos em melhorias – desde as áreas de produção, até as áreas de negócios.

A Indústria 4.0 é um novo parâmetro de indústria, e saber como implementá-la dentro de uma cadeia produtiva em conjunto com outros atores é vital para a sobrevivência da cadeia.

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