5 Dicas para gerenciar uma empresa familiar

Liderar uma empresa familiar envolve peculiaridades . Veja aqui 5 dicas para gerenciar uma empresa familiar.
Henrique
10/04/2019 | 6 min
gerenciar uma Empresa familiar

Gerenciar uma empresa familiar envolve aspectos peculiares que não se encontram na gestão de outros negócios.

Assim como cada família é diferente à sua maneira, os empreendimentos familiares não se diferem apenas de outros não familiares. Cada negócio vai possuir características muito marcantes que refletem o compromisso familiar com o sucesso da empresa.

O compromisso geracional, o respeito à hierarquia e uma cultura corporativa forte são apenas algumas das muitas peculiaridades encontradas quando se pensa em corporações geridas por famílias.

É evidente que também há problemas específicos. Nem sempre é fácil separar o emocional do profissional e uma complicação corporativa pode virar um conflito entre parentes.

É tendo isso em mente que trouxemos 5 dicas para ajudar na gestão de uma empresa familiar. Se quiser saber mais, continue lendo logo abaixo.

1) Planejar com antecedência

A melhor forma de evitar problemas futuros é pensar como resolvê-los no presente. Empreendimentos familiares precisam pensar a longo prazo, pois se espera uma futura transição geracional.

Com o intuito de garantir que essa troca de gerações seja feita da melhor maneira possível, é necessário se informar sobre os aspectos e custos legais envolvidos da maneira mais antecipada possível.

O planejamento econômico também precisa estar incluído nisso, com uma projeção de crescimento para os próximos anos. Assim os próximos gestores já sabem por onde começar e quais caminhos traçar.

Uma vez definida como será a sucessão, também fica mais fácil resolver conflitos relacionados com esse processo. Isso porque, havendo uma decisão final, reverter todo o plano de transição implicaria em esforços redobrados.

Além disso, com as obrigações futuras bem definidas, há maior incentivo para a qualificação profissional dos familiares participantes. Isso nos leva ao próximo tópico.

2) Incentivar a Qualificação

Conforme a empresa familiar cresce, os integrantes também precisam acompanhar esse crescimento. Um risco para essas corporações é a conformidade dos parentes em sua situação atual.

Por ter sua posição assegurada por laços familiares, alguns integrantes podem ficar confortáveis e não ir atrás de maior conhecimento sobre a área.

Não preparar as futuras gerações para as demandas de um negócio pode ser fatal para o futuro da empresa, por isso deve ser uma preocupação constante.

A cultura da empresa tem que estar alinhada à cultura familiar. É a partir disso que você cria um senso de pertencimento dos membros. Se eles entenderem o crescimento do negócio como parte do crescimento patrimonial da família como um todo, é maior a chance que eles se dediquem a esse projeto.

Outro risco associado à conformação é que, por possuir um corpo administrativo mais homogêneo, as empresas familiares podem se fechar em si mesmas.

Estar alheio às inovações do mercado ou até recusar sugestões modernizadoras de membros mais jovens pode ser perigoso a longo prazo.

Esperar a transição de gerações para adotar novos meios e técnicas com resultados já comprovados é colocar em risco o futuro orçamento da empresa. Quanto mais demorada a decisão por uma implantação, mais custos ela acarreta e mais ela compromete a previsão de lucro.

3) Profissionalizar a empresa

Conforme a empresa familiar cresce, ela se torna mais dependente de profissionais de fora. Mesmo uma família bem qualificada é limitada em quantidade. Isso possui suas vantagens e desvantagens.

Trazer outras experiências do mercado para dentro do seu negócio ajuda justamente a evitar esse isolamento das novas ideias. É de se imaginar que essas pessoas tenham evoluído em outras empresas e possam contribuir com novas perspectivas.

Contudo, é necessário tomar alguns cuidados. Os demais integrantes da família podem se ver ameaçados por um profissional vindo de fora. O inverso também se aplica. O profissional pode se ver injustiçado com a participação de familiares na tomada de decisões.

Não existe fórmula pronta para resolver esse tipo de conflito. Por isso, antes de qualquer decisão, é necessário haver uma hierarquia bem definida na empresa. O que nos leva à quarta dica.

Leia também: O que é uma holding? Entenda o conceito e conheça os tipos

4) Manter uma hierarquia sólida

Dar nome às posições e deixar claro para todos quais são as atribuições e responsabilidades cria um limite para onde cada colaborador deve atuar.

Deixar que membros da família participem de decisões importantes, sem estar em posição para isso, pode não ser tão bem visto pelos outros profissionais.

Esse mal-estar pode comprometer a retenção de talentos. Dessa forma, é necessário que haja também um incentivo aos que vêm de fora para contribuir com o crescimento da empresa e aumentar o patrimônio.

Sem a expectativa de um dia tornarem-se donos do negócio, os colaboradores que não fazem parte da família precisam ser motivados a partir de outra expectativa.

“Jogar as regras do jogo” como elas foram definidas traz segurança a esses profissionais e faz eles se sentirem parte do negócio. Mesmo que a empresa tenha uma identidade familiar muito forte, se todos “vestem a camisa”, a expectativa é o que a corporação também cresça como um todo.

Uma das formas que ajudam a manter isso é controlar os níveis de acesso de cada funcionário ao sistema da empresa. Frequentemente pode ser mais vantajoso limitar acesso para certas áreas.

Em CRMs, por exemplo, é possível gerir as funcionalidades disponíveis para cada usuário. Se, por exemplo, um vendedor quiser mudar as definições do funil de vendas, ele é impedido pelo sistema. Essa atribuição ficaria apenas para o diretor de vendas, que teria expertise para definir o que precisa ser feito na área comercial.

Assim a própria plataforma reflete a hierarquia da empresa e impede conflitos causados por erros humanos.

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5) Definir uma meta comum

Quando todos têm conhecimento do objetivo final, todos trabalham juntos.

Um histórico bem organizado ajudaria a reconhecer quem está desempenhando melhor e quem precisa se esforçar mais.

Quanto mais cedo você reconhece o problema, mais fácil é evitar um conflito decorrente de uma situação que poderia se alongar por semanas. Por isso visibilidade é essencial.

Dessa forma, uma tela de metas é uma funcionalidade muito útil para o acompanhamento do desempenho. Todos saberiam quais são os parâmetros exigidos e deveriam atingi-los, sendo colaborador da família ou não.

Há sistemas que ainda possibilitam a visualização desses dados em tempo real, como os CRM, o que ajuda nesse processo.

A Empresa Familiar Requer Cuidados Especiais

Seja entre grandes e pequenos negócios, as empresas familiares possuem suas próprias características que devem ser respeitadas. Separar o emocional do profissional nem sempre é fácil, por isso é necessário que a empresa tenha bases sólidas.

Uma boa visibilidade dos seus processos, uma hierarquia bem definida e planejamento futuro ajudam na manutenção e crescimento de toda a corporação. Esses são exemplos que consideramos essenciais e, hoje, existem ferramentas no mercado que podem ajudar nessa tarefa.

Sempre haverá riscos na gestão de qualquer empresa, mas uma casa fundamentada em bases sólidas é capaz de sobreviver a todo tipo de tempestade.

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